Seria possível enjaular a tenure?
Guardar o sol numa caixa de papelão?
Chorar a ausência do sonho fugido
Ensanguentado, exaurido, expelido
Da convivência dos seres comuns?
O admirável mundo novo, mais feio
Que pensávamos nos olha de soslaio
No curvo espaço do tempo perdido
Em correrias, amizades, confrarias,
Sorrisos e patifarias tão inocentes
Bravatas acaloradas de teor alcóolico
Sorrisos tergiversantes, diplomáticos
No calor da refrega em hotéis de luxo
Celebrados por não comunicantes
Veículos de sofismas laureados.
Como se dizia antigamente:
Êta mundo véio sem porteira.